sexta-feira, 7 de novembro de 2008

ESTILHAÇOS DE REVELAÇAO


Sempre que falo
calo a voz
que grita dentro de mim.
Deixo de ser eu
E passo a ser
retrato espelhado de ti.

Sou figura ao contrário
(de um contrário que nao é avesso)
Basta olhar em teus olhos
e já me reconheço.

Enfim, das palavras me esqueço...
e, assim, sou novamente
parte amputada de mim.

Por isso silencio.

Os espelhos esvazio.
Das palavras faladas,
finalmente,
me desvio...

Calo e só aí, entao,
falo alto ao coraçao.

Quebro os espelhos, e vejo:
cacos de mim espalhados pelo chao.

Sou agora
estilhaços de incerteza
pedaços exatos de revelaçao.

2 comentários:

Pedro Camilo disse...

Ferido por estilhaços
de poesia-dor,
poesia-amor,
poesia-solidão,
recobro um lado há tempo oculto
- adormecido
de um ser que sou e fui
e já não mas me sei.
Estilhaços-versos que ferem
sem sangrar,
que doem
sem bater,
que ficam
sem tocar.
Estilhaços-poesia de quem vive
e segue
e revive a cada passo em descoberto
resgatando um'alma adormecida
de poeta.
Revelação!Descoberta!
Tu, em estilhaços, és poeta,
e como alegra sabê-la assim,
poesia, estilhaços e vida,
sentimensos velados, revelados em em versos
nús.
Tu, em estilhaços, és Ju;
simplesmente...

Pedro Camilo
pedcamilo@yahoo.com.br
09.11.2008
(é manhã; os pássaros cantam, lá fora...)

Chan. disse...

Você conseguiu o difícil, sua poesia me conquistou. Adooooro!!!!
Não venha me falar de Mulher no Espelho, belos são os estilhaços de Ju.