domingo, 28 de agosto de 2011

O TÚNEL


O túnel era alheio
mas me invadia mesmo assim,
pois mesmo quando morte, vazio
e solidão
tinha algo que indicava
identificação.

Porque a loucura é infinita
e em cada um de nós agita
a parte que reconhece
ausência de razão.

Era limitado o túnel,
mas não mostrava seu fim.

Pois o limite transcendia
toda forma de entendimento,
e surtava quem insistia
que alguma forma de insanidade
podia ser ruim.

domingo, 7 de agosto de 2011

CAIS


Lugares me inspiram.
Pessoas, mais.

Na falta, suspiro.
Contigo, paz.

Viagens me levam.
Alguém me traz.

Meu barco, deriva.
Seu porto, cais.

sábado, 6 de agosto de 2011

BRUTA FLOR


Como pode,
assim tão bruta,
ser a flor
dos olhos de alguém?

Como pode,
meu bem?