segunda-feira, 17 de setembro de 2012

MARES DO SERTÃO


Não quero sangrar aqui,
onde a água é tão escassa.

Não haverá desperdício de lágrimas
nem flores para Iemanjá.

Pois se até no sertão
há terra fértil
(uvas a abundar)!
Por que é que no meu coração
não haverá?

Plantarei agora, sementes.
Flores lançarei ao rio.
Em fevereiro, quem sabe,
serão oferendas no mar.