sábado, 17 de setembro de 2011

DIAS SEM SOL


Naquele país
toda gente é infeliz.

E não há guerra
que não seja santa.
Não há seta amarela,
não há pressa,
não há salvação.

Naquele país
não há jogo, nem juiz.

Não há pontes aparentes,
não há sementes,
não há plantação.

Naquele país
sem sorrisos imbecis,
não há palhaço,
não há delírio.

Não há fonte de alegria,
não há vida,
não há razão.

Mas, ainda assim,
é preciso sobreviver.
Não há outra opção.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

PERSONAGEM DO SEU LIVRO


Queria ser um personagem,
desses que só vemos nos livros,
e, no intuito de se fazer lido,
corporificou.

Passou a andar
nas ruas do nosso mundo
e sua estória sem sentido
idealizou.

Mas nesse mundo não havia
seres tão atentos,
(tempos não sobravam)
e sua estória, enfim,
nem assim vigorou.