domingo, 3 de outubro de 2010

VOU


Me afasto do palco
qual trapezista quando sobre
rumo ao céu infinito
para outra perspectiva enxergar.

Me afasto
porque é preciso se afastar.

Fujo do palco
qual delinquente que foge do assalto
para um novo crime planejar.

Vôo alto
nos céus dos meus mundos
qual pássaro desnudo
a procura de um novo lugar.

Essa fuga me consola.

É preciso ir em frente,
ser navio a velejar.