segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

ANÁLISE SINTÉTICA


Já não quero mais pensar poesia,
a não ser que ELA me venha pensar!
Trasformarei o rito
em Sujeito Passivo do verbo rimar.

Assim,
se penso e são versos,
e se eles são conexos,
Vivo, então, a poesia.
Faço dela em mim: a vida.
Pronome Possesivo não cabe a ela aplicar.

E mais...
se não penso no verbo compor
e, ainda assim, a composição me invade,
dou à CULPA uma outra roupagem.
Procuro seu antônimo
(ainda anônimo)
para acrescentar à minha oração.

Objeto Direto da contumaz inspiração.

3 comentários:

.:Danilo Cruz disse...

"Sintaxe À Vontade
O Teatro Mágico
Composição: Fernando Anitelli

Sem horas e sem dores
Respeitável público pagão
a partir de sempre
toda cura pertence a nós
toda resposta e dúvida
todo sujeito é livre para conjugar o verbo que quiser
todo verbo é livre para ser direto e indireto
nenhum predicado será prejudicado
nem tampouco a vírgula, nem a crase nem a frase e ponto final!
afinal, a má gramática da vida nos põe entre pausas, entre vírgulas
e estar entre vírgulas pode ser aposto
e eu aposto o oposto que vou cativar a todos
sendo apenas um sujeito simples
um sujeito e sua oração
sua pressa e sua verdade,sua fé
que a regência da paz sirva a todos nós... cegos ou não
que enxerguemos o fato
de termos acessórios para nossa oração
separados ou adjuntos, nominais ou não
façamos parte do contexto da crônica
e de todas as capas de edição especial
sejamos também o anúncio da contra-capa
mas ser a capa e ser contra-capa
é a beleza da contradição
é negar a si mesmo
e negar a si mesmo
pode ser também encontrar-se com Deus
com o teu Deus
Sem horas e sem dores
Que nesse encontro que acontece agora
cada um possa se encontrar no outro
até porque...

tem horas que a gente se pergunta...
por que é que não se junta
tudo numa coisa só?"

Ricardo Dib disse...

Nossa, Ju! Você e Dan quase dão um nó em meu juízo. rs!

Pedro Camilo disse...

Será sintética ou simpatética a sua análise?
Porque botas pra fora contudo...
... e isso é bom!