domingo, 7 de julho de 2013

JOÃO E O PÉ DE FEIJÃO

Lá no alto
(de onde me mira)
talvez seja frio,
talvez haja dragões.

O ar mais rarefeito,
talvez.

De tão remoto
não sei
se é alegre
ao sorrir.

Mas não ouso
ir tão longe.
Não sei como subir.

Poderia até
convidá-lo pra descer
(também há vida
aqui embaixo).

Mas acontece que
nem sei
se respiramos
o mesmo ar!

Não me atrevo,
sequer,
a tentar responder.

Prefiro vê-lo sorrir,
distante.
Sem conflitos,
me deixo ficar.

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