quinta-feira, 29 de novembro de 2012

PORTAS ABERTAS


Da sala vazia restaram
portas abertas
com vista pro bar,
visitas nascidas pra morar.

Hermetismos sombrios
suspiros artísticos
fantasmas a sussurrar.

A solidão não sabia
ser menos calculista.

Artista de circo,
malabarista torta.
Chama criando sombras.
Nômade
com jeito de ficar.

E as portas abertas
- incertas ou não -
eram fonte de júbilo,
ângulo reto.
Mas também de agonia.

Palhaço sem plateia,
riso sem par.
(Ainda assim,
melhor rir do que chorar).

Um comentário:

Rodrigo Feitosa disse...

"E as portas abertas
- incertas ou não -
eram fonte de júbilo,
ângulo reto.
Mas também de agonia.

Palhaço sem plateia,
riso sem par.
(Ainda assim,
melhor rir do que chorar). "

Maravilhoso!