quarta-feira, 7 de novembro de 2012

PRELÚDIO DO FIM

A febre é prelúdio
do fim.

E o samba é triste -
verbo no futuro.
Os fogos de artifício
não servirão.

Lágrimas se atrasam,
em riste.
Ainda não é tempo
de cair.

E a mortalha
já não é colorida.
Liberdade
não virou prisão.

Luas sobre a cidade
cegam.
A luta é incansável!
Tango em São João.

E a tela agora
se parte em mil
formas de distância.

Tristeza é prelúdio
de separação.

3 comentários:

Rodrigo Feitosa disse...

Saudade, nostalgia, melodrama...

tangos e sambas para cantar uma coisa só: um vazio que domina

Uma súbita ausência
um pulo no nada...

e dar de cara com o lobo mal da solidão.

Rodrigo Feitosa disse...

vamos ser amiguinhos no face também? kkkkkkk

https://www.facebook.com/rodrigo.feitosa.5

Ju Marques disse...

A dor deveria ser
postergada pra depois:
acordes no futuro
programados pra tocar.

Sutilezas do destino...

Mas, se sofro antes,
e a dor é música,
entro no ritmo
é preciso dançar!