domingo, 7 de agosto de 2011

CAIS


Lugares me inspiram.
Pessoas, mais.

Na falta, suspiro.
Contigo, paz.

Viagens me levam.
Alguém me traz.

Meu barco, deriva.
Seu porto, cais.

5 comentários:

Rodrigo Feitosa disse...

ôooo delícia


Meu barco a deriva
não sabe onde vai
provisões intermináveis
do porão ao convés
me deixam tranquilo na busca
de águas mais mansas
será que precisa de porto?
ou ama a constante mudança?

Ju Marques disse...

Barco a deriva
que não precisa precisar.
Vai por aí, navegando,
sem ter hora pra chegar.

E, na loucura das águas,
doces ou febris,
encontra seu caminho
(sozinho)
pois, ao menos agora,
não precisa de raiz.

Rodrigo Feitosa disse...

flutua e balança....
decorre a mudança
o barco sozinho
encontra o caminho

E me faz lembrar de um tempo feliz
Quando o meu corpo boiava despreocupado e tranquilo

Brincadeira de criança

Pedro Paula disse...

O cais, enquanto destino seguro no oceano de incertezas da vida, e os barcos, navegando como corações, nos permitem viajar em belas metáforas entre o mar e o amor. Massa. Gosto de explorar essa vertente, também.

Maris disse...

Coisa mais linda, Ju!
Há de valer um cais nesse balanço eterno de mar que é viver.
Tenho ouvido tanto Milton esses dias. Uma ponte pra outro cais:

"Para quem quer se soltar
Invento o cais
Invento mais que a solidão me dá
Invento lua nova a clarear
Invento o amor
E sei a dor de encontrar"

Um beijo!