segunda-feira, 6 de setembro de 2010

TEATRO DE SOMBRA


O teatro da vida
é como o teatro
mágico chinês.

A estória, versão.
Os atores,
em suas dores,
não passam de projeção.

Toda nuance
revela o alcance
da imaginação.

Sombras do passado
aparecem
no tablado da mente
disfarçadas de percepção.

O simples prevalesce,
cresce como gigante,
expande e nos revela
fantoches
da Criação.

5 comentários:

Rodrigo Feitosa disse...

não seria exagero nenhum da minha parte dizer que tenho a mesma idéia que você.

Ainda vou escrever um textinho sobre a seguinte temática:

"Somos apenas sombras do que podemos ser"

mas quisera eu fazer isso com toda essa poesia.

Bjo

Rob disse...

Apenas no fim me peguei preso em um pensamento confuso. Se a vida é um conjunto de projeções, quem seria o projetista se não nós mesmos e de quem seria a autoria do material projetado se não nossa? Posso deduzir daí que a ideia é que somos projetores de uma força maior, ou a Criação seria outra forma do Eu?
Creio que a diferença entre o bonito e o feio, o bom e o mal está no que se procura, no desejo de ver.

Rodrigo Feitosa disse...

realmente acredito que sejamos também os projetistas... fazemos sombras, usamos máscaras, atuamos, como preferir.

Todos temos mais a mostrar do que realmente mostramos, somos mais por dentro, melhor ou pior, mas somos mais que aparentamos.

E esse "pseudo eu", faz parte de mim, mas não é o "eu" em si.

Ju Marques disse...

Existem duas idéias inseridas nesses pensamentos, vc tem razão.

Por um lado, as projeções e as sombras, formando o grande teatro da vida, cujas estórias não passam de versões.
Por outro, e por fim, a força inevitável que rege todas essas coisas, a qual não controlamos... a Criação.

Dessa forma, teríamos o "eu" como projetista de um projeto maior; que se projeta, mas que tbm é projetado.

Chan. disse...

"Deus me faça brasileiro, criador e criatura"

Projetista, projeção, e projetor, por que não?