sábado, 4 de setembro de 2010

REPOSITÓRIO DE COISAS

Fiz do inconsciente
um depósito
de coisas
que não me querem largar.

Não têm vida essas coisas,
sequer existem
ou podem sonhar.

Mas, sombrias como a morte,
insistem em se manifestar.

Fiz do depósito
repositório
de todas as coisas
que quero guardar.

Não as quero em pensamento,
se é momento de ser "dona".
Mas, como quem perde o controle,
(por pura curiosidade)
deixo que venham.

É preciso espreitar
.

9 comentários:

Paulo Tamburro disse...

OLÁ, TUDO BEM JU?


O QUE ABUNDA EVENTUALMENTE, ESCASSEIA.

Este é um título perigoso, pois a colocação da virgula é tão imprescindível como a vestimenta de um astronauta, nas suas viagens espaciais.

Mas, indo objetivamente ao assunto e sem maiores churumelas ou subterfúgios , sempre gostei muito de pássaros , mantenho as gaiolas absolutamente, limpas, comida farta e água renovada.

Antes, não suportava a idéia de admitir um pássaro em cativeiro, com todo o espaço do mundo à sua disposição, o céu azul infinito e ele ter que ficar trancafiado.

-Como minha senhora? A senhora se sente assim, no seu casamento?

Perdoe , mas contente-se ao lembrar que um astronauta dentro da cápsula espacial ...

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LÓGICO, VÁ SE QUISER, MAS VÁ (RS).

PELO AMOR DE DEUS!!!!!!!!!!!!(RS).

UM ABRAÇÃO CARIOCA.

Rodrigo Feitosa disse...

Concordo com vc, Não há necessidade de suprimir nada.

Ou se supera ou se sente até superar.

Depósito, repositório, relicário. Quem é que pode criticar.

Sim, são todos de coisas velhas,
mas nem de tudo podemos,
queremos ou conseguimos nos livrar.

Abraço

Chan. disse...

E pior que elas são meio essenciais.. são meio a gente.

Ju Marques disse...

São meio essenciais,
porque são a nossa essência.
Delas não podemos nos livrar, porque somos ela.

A saída,
pelo menos do meu ponto de vista, é aprender a analisar.
Entender e questionar.

Seduzir o "inimigo",
com ele conversar.

Rodrigo Feitosa disse...

Diria que essas coisas são apenas parte da nossa essência.Somos também o novo, o fresco, o bom.

repositório de memórias ou o que for,
daquilo que assombra nossa mente
é extremamente importante
não deixar o passado, na lembrança
sobrepujar as infinitas posibilidades
que o futuro apresenta no presente

Rodrigo Feitosa disse...

Sim, seduza o inimigo, deixe-o conversar, só esteja certa de ganhar a discussão no final.

Entender, questionar... pra que?
Visto que entender,
é prerrogativa do saber
e não de ser.

de algumas coisas,
se pudermos abrir mão,
é possível viver sem saber.

Rob disse...

Aqui vim parar de penetra via Chan e a Razão. Pesso desculpas pela proza, mas os versos não me pertencem.
O que mais me chamou atenção foi o fato de você se sentir "agente" na elaboração de seu inconsciente.
Se ele é um conjunto de marcas que usamos como reflexo, até onde temos controle? Se forem, talvez, consequências de nossos medos, até onde podemos usar a voz ativa no que se refere a algo de que possivelmente somos vítima? Ou não, como diria nosso ex-ministro.

Adorei o blog.

Ju Marques disse...

É uma questão complicada... somos agentes, sim! Mas de forma inconsciente e, muitas vezes, incontrolável.
O problema é justamente esse, "até onde podemos usar nossa voz ativa".
Na verdade, não acho que seja possível participar da elaboração do inconsciente. Mas acredito que "espreitando" podemos, ao menos, compreender e, quem sabe, trabalhar determinadas questões (ou seriam distorções?!).
Enfim... no fundo, talvez tudo isso seja apenas reflexo do desejo de controlar as coisas; ou, ao menos, de controlar-se.

Seja bem-vindo!

Rodrigo Feitosa disse...

Defendo a idéia de que o que se forma no inconsciente tem vida própria, mas podemos ou não alimentar os medos, as angústias e tudo o mais.

Acredito ser possível selecionar o que queremos. Exercitar o que valorizamos e podar, arrancar, o que não nos interessa.

Demanda tempo, determinação e disposição diárias.

Se assim fosse, doenças psicológicas não poderiam ser tratadas.

Abraços