quinta-feira, 29 de novembro de 2012
PORTAS ABERTAS
Da sala vazia restaram
portas abertas
com vista pro bar,
visitas nascidas pra morar.
Hermetismos sombrios
suspiros artísticos
fantasmas a sussurrar.
A solidão não sabia
ser menos calculista.
Artista de circo,
malabarista torta.
Chama criando sombras.
Nômade
com jeito de ficar.
E as portas abertas
- incertas ou não -
eram fonte de júbilo,
ângulo reto.
Mas também de agonia.
Palhaço sem plateia,
riso sem par.
(Ainda assim,
melhor rir do que chorar).
quarta-feira, 7 de novembro de 2012
PRELÚDIO DO FIM
A febre é prelúdio
do fim.
E o samba é triste -
verbo no futuro.
Os fogos de artifício
não servirão.
Lágrimas se atrasam,
em riste.
Ainda não é tempo
de cair.
E a mortalha
já não é colorida.
Liberdade
não virou prisão.
Luas sobre a cidade
cegam.
A luta é incansável!
Tango em São João.
E a tela agora
se parte em mil
formas de distância.
Tristeza é prelúdio
de separação.
do fim.
E o samba é triste -
verbo no futuro.
Os fogos de artifício
não servirão.
Lágrimas se atrasam,
em riste.
Ainda não é tempo
de cair.
E a mortalha
já não é colorida.
Liberdade
não virou prisão.
Luas sobre a cidade
cegam.
A luta é incansável!
Tango em São João.
E a tela agora
se parte em mil
formas de distância.
Tristeza é prelúdio
de separação.
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