domingo, 21 de novembro de 2010

TERESA


Quando a alma fugia

mirava seu corpo no espelho
como forma simples
de interiorização.

Por que não?

Espontânea como era
traçava seu caminho
destino anunciado
como a febre que anuncia a infecção.

Por que não?

A cada escolha que fazia
a outras tantas renunciava
escrava que era de um tempo
passado que nunca passou.

Aceitava o que havia
como se não pudesse dizer não
como a esperança que anuncia
num futuro salvação.

Por que não?

3 comentários:

Chan. disse...

Porque não. Coitada, será que esperou em vão? Acho que teve, afinal, sua compensação...

Davis disse...

Parabéns! Muito bom, gostei demais!

Rodrigo Feitosa disse...

a melhor coisa sobre o passado é que ele passa!

aprender com ele é necessário
viver nele é, no mínimo, reacionário.

Deixemos as mudanças virem.

bjão