quarta-feira, 4 de agosto de 2010

DOR QUE PERSISTE


Tem medo de não te decifrar,
medo que não a decifre.

Medo de sentir dor,
medo que cometa um deslize.

Medo de esperar,
medo de um palpite.

Medo de perder o ar,
medo de ter apetite.

Pois todo medo que não teve
foi desejo que nunca passou.

Dor que ainda persiste.

12 comentários:

Chan. disse...

Pode ser medrosa, mas não covarde. Medo do que acontece, e não de fazer acontecer.. É válido.

Anônimo disse...

Oi Ju! voce tem um livro de poesias? ou publica só aqui no blog?

abraço



Entre sem bater
no teu lugar secreto

Mente consciente
De coração desperto

Ouça teu silêncio
Escute tua prece

Rasgue até doer
A dor que te escarnece

Cala essa mudez
Que surda teu dominio

Amarra a ‘cobardez’
Com o flor do teu fascínio

Beija a tua escara
cura tua tortura

Goza no teu fel
adoça tua amargura

Transforma toda dor
em brilho, ternura.

No âmago da dor
Desabrocha em amor

Flor de pedra
Não mais dura.

Ju Marques disse...

Por um lado, é engraçada a familiaridade das suas palavras. Tenho a impressão (quase certeza) de que vc é alguém da minha convivência.

Por outro, me incomoda muito falar com alguém que não se mostra.

Sua poesia é muito linda. Toca fundo na alma.

Anônimo disse...

Ju, sou tão somente um amigo apreciador de suas lindíssimas poesias. Tenho algumas favoritas inclusive.Não quero incomodar. Normalmente não escrevo, mas suas poesias me inspiraram a fazer esses "reversos" dos seus versos. A familiaridade deve ser pq uso algumas palavras que voce tbm usa em suas poesias.

Ju Marques disse...

Bom... a familiaridade a que me referi não é por causa das palavras.

Mas, de qualquer forma, desculpa a indelicadeza.. vc não incomoda, de forma alguma!

O que me aflige é o anonimato.

Por que não se identificar?

Ju Marques disse...

Ou, melhor, porque não se identifica?!

Ricardo Dib disse...

Para dores persistentes, prescrevo um analgésico tarja-preta!

Bjs!

Anônimo disse...

Respondendo sinceramente às suas perguntas...

Talvez quisera causar um pouco de curiosidade recíproca...

“...Escrevi, na verdade, pra te provocar...”

Eu sou a tempestade
Num copo de agua fria.

A vela do navio
Em plena calmaria.

Poeta inspirado
No infértil dia-dia.

Sujeito predicado
de prosa e poesia.

A fúria dor calada,
pomada, analgesia.

Palavras saborosas
na insípida afasia.

O terno e a gravata
O nó da correria.

A música dos anjos
ouvida sem melodia.

Vermelho coração
Sem rumo nem certidão.

Pulsando contra o peito
esquerda solidão.

Eu sou a cor do sol
Aos olhos sem visão.

O puro sentimento
ao desvelo da razão.


Não leva a mal esse nativo de água...
Tenha uma boa semana!

Ju Marques disse...

Pelo menos, foi sincero.
Mas acabou causando mais indignação do que curiosidade. :P

Boa semana pra vc tbm!

Ju Marques disse...

Ah! Gostei da poesia!

Dá umas dicas mto boas sobre quem vc é.

Chan. disse...

Créditos?

Ju Marques disse...

Ah....!!!!