Posso ler seus versos
sem vê-los
e sorvê-los
com a minha boca.
E lamber os cantos
das estórias bobas
que contas
fingindo que estou a escutar.
Posso fazer calar
com meu solo.
Ser colóquio
ou distração.
E auscultar seu vazio,
e entender seu baião.
Posso decifrar o seu riso
que é mais meu
que de ninguém.
E, sabendo que sabes,
fingir que não sei.
Um comentário:
Muito bela!
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