domingo, 28 de abril de 2013
AMOR DE CRIANÇA
Ela amava mas não dizia.
Andava de bicicleta,
dormia.
Corria de vestido,
sorria.
E, em segredo,
bendizia.
Ele era esperto
e percebia.
Corria pra praça,
se escondia.
Inventava namorada,
maldizia.
Brigava, maltratava.
Correspondia.
Nos olhos de ambos
havia
vontade de pular.
Mas a água
era tão fria!
quarta-feira, 3 de abril de 2013
REINO MEU
É farto meu reino
fruto de tanta
imaginação.
É largo o recreio
e mais parece
aula de auto exibição.
É teatral o desejo
de ser feliz
e nem mesmo por um bis
ousaria dizer que não.
É sensacional
meu dom
de sofrimento
e superação.
É normal ser artista
cantora, malabarista,
terapeuta, balconista
e mendiga desse pão.
fruto de tanta
imaginação.
É largo o recreio
e mais parece
aula de auto exibição.
É teatral o desejo
de ser feliz
e nem mesmo por um bis
ousaria dizer que não.
É sensacional
meu dom
de sofrimento
e superação.
É normal ser artista
cantora, malabarista,
terapeuta, balconista
e mendiga desse pão.
SEGREDO
Posso ler seus versos
sem vê-los
e sorvê-los
com a minha boca.
E lamber os cantos
das estórias bobas
que contas
fingindo que estou a escutar.
Posso fazer calar
com meu solo.
Ser colóquio
ou distração.
E auscultar seu vazio,
e entender seu baião.
Posso decifrar o seu riso
que é mais meu
que de ninguém.
E, sabendo que sabes,
fingir que não sei.
sem vê-los
e sorvê-los
com a minha boca.
E lamber os cantos
das estórias bobas
que contas
fingindo que estou a escutar.
Posso fazer calar
com meu solo.
Ser colóquio
ou distração.
E auscultar seu vazio,
e entender seu baião.
Posso decifrar o seu riso
que é mais meu
que de ninguém.
E, sabendo que sabes,
fingir que não sei.
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