sábado, 17 de setembro de 2011

DIAS SEM SOL


Naquele país
toda gente é infeliz.

E não há guerra
que não seja santa.
Não há seta amarela,
não há pressa,
não há salvação.

Naquele país
não há jogo, nem juiz.

Não há pontes aparentes,
não há sementes,
não há plantação.

Naquele país
sem sorrisos imbecis,
não há palhaço,
não há delírio.

Não há fonte de alegria,
não há vida,
não há razão.

Mas, ainda assim,
é preciso sobreviver.
Não há outra opção.

3 comentários:

Bruno Gomes disse...

Gostaria de conhecer esse país
Mesmo que por um simples minuto
E tentar tocar a alma das pessoas, a raíz
Através de um sorriso, um abraço, um gesto diminuto

Pois deve haver algo bom a se tirar de lá
Escondido, latente...
E às deles as minhas lágrimas misturar
Fazer a alegria brotar, em semblante contente

Ju Marques disse...

Ah... se você soubesse!

Mailson Furtado disse...

Que legal...

Seu poema me lembrou Legião Urbana e Paralamas...

Muito bom!