Visitou ruas
que são casas.
Avistou seres
desgraçados
que jamais
a enxergarão.
Olhos
vermelhos
e distantes.
Insetos
nas roupas,
com ares de botão.
Cavou um poço
com a pá
das injustiças.
Depositou ali
restos de si.
Regou,
virou grão.
domingo, 29 de novembro de 2015
segunda-feira, 23 de novembro de 2015
CASTELO DE CARTAS
Desce do castelo
para dar bom dia
a este mundo desalmado.
Povoado
de assombração.
Veste a coroa
da sorte
pra não ser
contrariada.
Respira
contradição.
Neste faz de contas -
que é sua vida -
vale muito mais
um só suspiro
que muita realização.
Princesa
perdida
no castelo
de cartas
basta um sopro
pra que fique
sem chão.
para dar bom dia
a este mundo desalmado.
Povoado
de assombração.
Veste a coroa
da sorte
pra não ser
contrariada.
Respira
contradição.
Neste faz de contas -
que é sua vida -
vale muito mais
um só suspiro
que muita realização.
Princesa
perdida
no castelo
de cartas
basta um sopro
pra que fique
sem chão.
AFASIA
Sufocada
na afasia
de sentimentos
calados
é tomada
pelo ímpeto
de gritar.
E mergulhar
na dúvida
de cabeça
com a confiança
íntima
de quem sabe
nadar.
É preciso
não se afogar
neste mar
de nuvens.
Correr devagar.
Faz parte do jogo
social
calar-se
pra reverberar.
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