Visitou ruas
que são casas.
Avistou seres
desgraçados
que jamais
a enxergarão.
Olhos
vermelhos
e distantes.
Insetos
nas roupas,
com ares de botão.
Cavou um poço
com a pá
das injustiças.
Depositou ali
restos de si.
Regou,
virou grão.
domingo, 29 de novembro de 2015
segunda-feira, 23 de novembro de 2015
CASTELO DE CARTAS
Desce do castelo
para dar bom dia
a este mundo desalmado.
Povoado
de assombração.
Veste a coroa
da sorte
pra não ser
contrariada.
Respira
contradição.
Neste faz de contas -
que é sua vida -
vale muito mais
um só suspiro
que muita realização.
Princesa
perdida
no castelo
de cartas
basta um sopro
pra que fique
sem chão.
para dar bom dia
a este mundo desalmado.
Povoado
de assombração.
Veste a coroa
da sorte
pra não ser
contrariada.
Respira
contradição.
Neste faz de contas -
que é sua vida -
vale muito mais
um só suspiro
que muita realização.
Princesa
perdida
no castelo
de cartas
basta um sopro
pra que fique
sem chão.
AFASIA
Sufocada
na afasia
de sentimentos
calados
é tomada
pelo ímpeto
de gritar.
E mergulhar
na dúvida
de cabeça
com a confiança
íntima
de quem sabe
nadar.
É preciso
não se afogar
neste mar
de nuvens.
Correr devagar.
Faz parte do jogo
social
calar-se
pra reverberar.
sexta-feira, 16 de outubro de 2015
PÉS DESCALÇOS
Passeio nas texturas
dos lugares
que pisei.
Pés descalços
e clementes
tateiam no escuro
da imensidão.
Ladeiras e pedras
de santas esquinas
serenam meu destino
ávido por ação.
Sou capaz de unir
todas as cidades
em todas as idades.
De invadir os mundos
com os passos
fundos
do meu baião.
dos lugares
que pisei.
Pés descalços
e clementes
tateiam no escuro
da imensidão.
Ladeiras e pedras
de santas esquinas
serenam meu destino
ávido por ação.
Sou capaz de unir
todas as cidades
em todas as idades.
De invadir os mundos
com os passos
fundos
do meu baião.
TODOS OS BAIANOS
Todos os baianos,
ciganos,
sambam no terreiro
de sonhos audazes.
Enraizados
sem lares.
Donos
de um fundamento
maior que o mar.
Todos os baianos,
ciganos fugazes,
cantam quando falam,
me chamam pra dançar.
sábado, 19 de setembro de 2015
BAGUNÇA
Quando contente
intuitivamente
arruma a casa.
Não pode
receber
a felicidade
na bagunça?!
Mas que ideia.
intuitivamente
arruma a casa.
Não pode
receber
a felicidade
na bagunça?!
Mas que ideia.
terça-feira, 7 de julho de 2015
ROUCO
Tudo que sinto
é arte,
e não há espaço
pra indecisão.
Não me comove
o mártir
que não anseia
revolução.
O sentimento
é pouco,
e clama
por expansão.
Sobra eco
rouco
no vazio
da intenção.
MORDAÇA
Todo freio
é sombrio
onde o receio
distrai.
A alma
é abrigo
do perigo
fugaz.
Todo pedaço
de vidro,
toda mordaça
voraz,
anunciam
com silêncio
uma briga
contumaz.
Pautada
na lógica
sentida
do nunca mais.
(onde há conflito
só cogito paz)
é sombrio
onde o receio
distrai.
A alma
é abrigo
do perigo
fugaz.
Todo pedaço
de vidro,
toda mordaça
voraz,
anunciam
com silêncio
uma briga
contumaz.
Pautada
na lógica
sentida
do nunca mais.
(onde há conflito
só cogito paz)
quinta-feira, 26 de março de 2015
DESVIO
Há de haver desvios
quando passos são dados
de forma tão natural.
Acima do bem
e do mal.
Além do roteiro,
há improviso afinal.
E ali onde fez-se ponte
fez-se abismo
Pois o desvio do rio
(ainda que sombrio)
é providencial.
quando passos são dados
de forma tão natural.
Acima do bem
e do mal.
Além do roteiro,
há improviso afinal.
E ali onde fez-se ponte
fez-se abismo
Pois o desvio do rio
(ainda que sombrio)
é providencial.
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